Diagramação e Layout

Entende-se por diagramação o ato de planejar e criar peças gráficas, distribuindo os elementos gráficos de modo a conduzir o fluxo de leitura do material. A diagramação deve se basear em quatro princípios básicos:

1) Proximidade: os itens relacionados entre si devem ser agrupados, criando unidade visual, reduzindo a desordem e oferecendo ao leitor pistas visuais de leitura e ordenamento de conteúdo da página. Nessa etapa as informações devem ser organizadas em graus de importância.

2) Alinhamento: serve para dar coesão aos elementos. Mesmo separados uns dos outros, se alinhados, haverá uma conexão invisível entre eles, oferecendo ao leitor a ideia de que eles fazem parte de um mesmo grupo de elementos. Ao estabelecer um alinhamento, todos os elementos gráficos (texto, imagens, títulos, intertítulos) devem estar dialogando com ele. Para alinhamentos à direita ou à esquerda, os títulos não devem ser centralizados e em parágrafos muito curtos recomenda-se não fazer recuo de parágrafo.

3) Repetição: para conferir unidade visual, os elementos gráficos como cor, tipologia, forma e textura devem ser repetidos. Se, por exemplo, ficar estabelecido que os intertítulos terão fonte não serifada, um ponto maior que o texto e em negrito, este elemento repetido avisará o leitor uma unidade gráfica na página, facilitando a leitura do material.

4) Contraste: quando os elementos de uma página não se diferem, eles geram conflito. O contraste serve para impedir a concorrência de elementos numa peça gráfica. Se contrastam cores (texto em fonte preta numa caixa branca X texto em fonte braça numa caixa preta), fontes (tipos serifados X tipos não serifados), estilo “caixa-alta” X “versalete” X “maiúsculas e minúsculas, etc.

Esses quatros princípios articulados irão oferecer ao leitor uma página organizada e atrativa em sua leitura. Vale lembrar que uma página é feita de espaços escritos e espaços “em branco”. Os espaços sem textos servem de pontos de fuga, para os quais o olho do leitor se direciona quando se sente cansado da porção textual.

Na sociedade ocidental, nossa prática de leitura se dá da esquerda para a direita e de cima para baixo, criando um campo de leitura correspondente a uma diagonal para baixo. Assim, os pontos de fuga costumam estar no canto superir direito e no canto inferior esquerdo. Por isso estes são os lugares destinados às fotografias, aos olhos, aos boxs e a qualquer outro elemento gráfico que não seja o texto principal.

Também é importante lembrar que texto e imagem não devem competir numa página. Na maioria dos casos, o texto ainda é o elemento mais importante. Portanto, a imagem não deve preceder o texto. O texto ocupa a primeira coluna à esquerda (ao topo da página) e a imagem vem ao seu lado direito. Ou seja, a fotografia não “abre” a reportagem, que o faz é o texto. O texto, por suas colunas, pode envolver a fotografia (texto ocupando coluna 1 e 4 e imagem, a 2 e 3, por exemplo), mas duas imagens não devem envolver o texto. No caso de revistas, ou de reportagens especiais, esse padrão é quebrado. Por fim, recomenda-se ainda que a imagem não seja rodeada por texto em todos os seus lados (quando ela é colocada no meio da página, no meio da coluna e o texto é distribuído ao redor de toda a imagem).

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